Resistência "(re)apareceram na altura certa"
Catarina (45 anos) e Luís (56) tinham a certeza que iam "assistir a um bom espetáculo, mas foi ainda melhor". Catarina vai mais longe: "Eles já faziam falta e apareceram na altura certa mais uma vez."
Até porque, como diz um outro Luís, de 36 anos, "a mensagem que transmitem continua a fazer todo o sentido nos dias de hoje". E e por isso e também por os Resistência serem sinónimo de "qualidade musical e celebrarem a música e os poetas portugueses" que irá vê-los também a Guimarães.
Estreante nestas andanças dos concertos, Patrícia, de sete anos, estava radiante antes do início do espectáculo, ao qual assistiu com a mãe e a avó. No final, confessou ao DN que, após ouvir ao vivo aquelas letras que conhece de cor e salteado, ficou a gostar ainda mais dos Resistência, de quem tem dois dos três Cd editados. "Não sou o único", o tema preferido de Patricia, fé-la delirar durante o concerto. A ela, e não só! Duas horas e meia após o início do espectáculo, Miguel Ângelo avisa que aquela é a última música da noite e o Campo Pequeno levanta-se em peso para cantar este tema originar dos Xutos & Pontapés.
Passou-se mais meia hora e o público volta a erguer-se para cantar "Nasce Selvagem" pela segunda vez, já que este foi o segundo tema da noite e que pôs o todos a cantar em uníssono com a formação inicial do projecto Resistência.
Fernando Cunha, Miguel Angelo, Pedro Ayres Magalhães, Tim, Olavo Bilac, Fernando Júdice, Alexandre Frazão, José Salgueiro, Rui Luís Pereira e Fred Mergner, acompanhados dos guitarristas Mário Delgado (que participou em "Mano a Mano") e Pedro Jóia, estiveram todos em palco naquele que foi o primeiro concerto do regresso da banda formada há 20 anos.